terça-feira, 8 de junho de 2010

Treinador-Conceitos

Parte 3

EQUIPA

• A grandeza de uma equipa depende, única e exclusivamente, da intensidade dos treinos físicos, técnicos e tácticos dos seus jogadores, não só em busca da habilidade individual, como da automatização dos conceitos elementares do chamado ‘jogo de equipa’.

• Após o atleta ser escolhido para integrar a equipa perde o direito de fazer o que bem entende durante o treino, ou jogo. A partir daquele momento a sua actuação estará subordinada aos interesses dos demais companheiros e da equipa.

• O valor e a projecção de uma equipa são o reflexo da qualidade da preparação física, da qualidade técnica e das condições morais e materiais proporcionadas aos seus integrantes. De nada vale uma boa qualidade técnica, se estiver divorciada da preparação física e vice-versa. O mesmo acontece com a equipa que tem boa preparação física igual à qualidade técnica, e é desprovida de cobertura moral e material.

• A preparação física, além dos benefícios que transporta, é preventiva contra acidentes. Para além disso, tem como fundamento essencial, possibilitar aos atletas a fuga ao cansaço nos treinos e jogos. O cansaço é o maior inimigo físico e psicológico do atleta. O cansaço em demasia exerce influência na diminuição do raciocínio.

Um atleta terá de conseguir integrar a equipa ‘convocada’ sempre por mérito próprio e nunca pelo fracasso dos seus colegas.
• A partir do momento em que um atleta é integrado numa equipa, está a assumir um compromisso de honra para actuar em perfeita sintonia, absoluta solidariedade e com o mais profundo respeito aos outros companheiros, perdendo por conseguinte o direito de tomar iniciativas pessoais que possam ser prejudiciais à equipa.

• O componente da equipa, que insiste em actuar, seja no treino ou no jogo, sem tomar conhecimento das instruções da equipa técnica e da presença dos demais jogadores, cometendo erros consecutivos – de propósito, por relaxamento ou displicência - além de demonstrar acentuada falta de educação, não está a contribuir para o perfeito funcionamento das peças e consequentemente, o êxito do conjunto.

Nos desportos colectivos o atleta não é totalmente livre. O seu comportamento é subordinado, não só aos companheiros, como, principalmente, aos interesses da equipa. Não pode, portanto, fazer o que bem entende, porque ele não é a equipa. É apenas uma parte dela.
• O atleta, por melhor que seja, individualmente, mas desgarrado do espírito e dos objectivos dos outros companheiros, torna-se um elemento inútil e prejudicial à equipa.

• A transferência de responsabilidade é uma deficiência moral que sempre existiu, mas que se manifesta em todas as áreas de actividade, sendo um hábito feio, próprio de pessoas desprovidas de personalidade, honestidade e firmeza de carácter. No sector desportivo, ocorre quando o atleta, para ficar em paz com a sua consciência, procura justificar o seu fracasso e o consequente insucesso da equipa, culpando os companheiros, a actuação da arbitragem e, em último caso, responsabilizando também a direcção técnica. Mas o pior de tudo é quando o atleta não reconhece as suas deficiências e não corrige os seus erros.

• O atleta que se propõe participar num jogo de responsabilidade, sem estar física e tecnicamente preparado, nem tão pouco entrosado na equipa, demonstra imprudência e desonestidade.

• Uma equipa composta de jogadores “cobardes”, “afinadores”, irresponsáveis, indisciplinados e indiferentes à vitória ou à derrota, dificilmente conseguirá obter nas competições, resultados positivos que sejam dignos de louvores.

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